terça-feira, 7 de junho de 2011

Ainda não acabou...


  As apresentações finais estão marcadas para dia 14/06, porém nem todos os trabalhos desenvolvidos em sala de aula estão aqui no blog. Tem muito material produzido, muitas poesias que não foram filmadas, mas que aos poucos os alunos estão digitando e colocando-as em um livro do TIKATOK que estamos produzindo, afim de ter todas as poesias em um lugar só, utilizando as TICs.  Assim que o livro estiver pronto vamos postar ele aqui também , para que sirva de fonte para os interessados.
  Esse ano o projeto do Dia Nacional da Matemática se estendeu um pouco mais, pois deu mais trabalho do que imaginávamos. Mas está valendo a pena, pois todos aprendemos muito com todo esse processo.
   Os alunos adoram utilizar as ferramentas tecnológicas, pois além de aprenderem a utilizá-las se sentem em sintonia com o mundo, importantes e reconhecidas. A câmera digital já não os deixa tímidos, os emails não são apenas para mensagens aos colegas e amigos, os blogs não são apenas "diários" online; áudio e vídeo, agora é trabalho sério, instrumentos de aprendizagem, para a escola e para a vida.
  Esse trabalho, bem como o trabalho sobre "Bullying", desenvolvido no mesmo formarto, utilizando as TICs, estão participando do concurso internacional do site Educarede; e só de participar já nos sentimos felizes, pois estamos mostrando as produções da nossa escola, dos nossos alunos, do nosso país.

Imagina...
Imagine você juntar poesia e matemática, a ideia parece num primeiro momento um tanto que difícil de ser aceita e de entendê-la, mas... a magia da poesia e a amplitude da matemática juntas transformaram nossas aulas.

Eu (professora Vanessa) e a professora Aline desenvolvemos o trabalho POESIA E MATEMÁTICA que resultou em belíssimas produções...Confira

Cordel Malba Tahan
 
Segue abaixo a poesia do vídeo 
Malba Tahan

Júlio César viveu quase toda a infância
Na cidade paulista de Queluz
Seus pais tinham uma renda familiar
Suficiente para criar
Os oito filhos do casal
Mas em Júlio investiram, percebendo
Sua personalidade original.

Seu pai foi seu maior incentivador
Trabalhando sem parar
Para que ele pudesse estudar
E as dificuldades saber enfrentar.
Frequentava as tertúlias
Onde costumava contar histórias
Tinha muitos personagens
Com nomes diferentes
Daí veio a inspiração
Que desenvolveu sua imaginação.

Júlio César não foi um bom aluno
Da disciplina de Matemática
Tirou dois em uma sabatina de Álgebra
Sua atividade inicial
Foi como servente profissional
Da Biblioteca Nacional
Tendo os livros em companhia
A imaginação ele desenvolvia

Aos 23 anos começou a trabalhar no jornal
Chamado O Imparcial
Escrevendo muitos contos
Mas nenhum conseguiu publicar
Pois ele não era popular.

Para famoso o escritor se tornar
Um personagem foi preciso criar
Mil e uma noites era um dos contos que mais gostava
Então, em personagens árabes ele se inspirou
Esta língua ele estudava
E o personagem Malba Tahan, assim ele criou.

Júlio César então virou
O conhecido Beremiz Samir
Para poder escrever
E sua obra reconhecer
Inventava muitos cáculos
E vários personagens
Sempre reverenciando Allah
Na cidade de Bagdá.

Melo e Souza foi um grande professor
Produziu vasta obra literária
Encontrou tempo para escrever
Vários livros de Didática da Matemática
Funções modulares, Trigonometria
E muitas histórias da Geometria.

Em classe cativava a platéia
Ensinando Matemática
A matéria mais temida
Fez história ensinando
Uma matéria complicada
Sem torná-la muito enrolada.

O grande
Malba Tahan morreu em 1921
Igual a ele não tem mais nenhum
Em sua homenagem, no dia 6 de maio comemoramos o Dia Nacional da Matemática
Sua obra é reconhecida internacionalmente
Beremiz , o homem que calculava
Grandes mistérios tinha em sua mente.

Poesia produzida por Flavia e Vanessa- 8 serie



 Que tal curtir um pouco de poesia....

 

 



Erros de gravação... esses não poderiam faltar...



A poesia a seguir foi escrita por mim e pela professora Aline, para falarmos sobre o projeto desse ano para apresentar no Dia Nacional da Matemática.Em breve ele estará ilustrado aqui....pois uma aluna fez os desenhos de cada uma das estrofes, eles ainda  estão em fase de conclusão.
Poesia do projeto 


Dia Nacional da Matematica 

Para o dia nacional da matemática comemorar
Um projeto preciso desenvolver
Esse ano, Poesias nós vamos criar
E a todos envolver.
Pensando assim
Logo percebi que de ajuda precisaria
Sei que me diria sim
A profª Vanessa não me negaria.
Na sala dos profºs já fui comentar
E a profª Vanessa logo se empolgou
A profª Luciana também quis participar
Com essa ajuda, tudo  melhorou!
A profª Juciléia, também eu convidei
E ela de boa vontade  aceitou
Vai ficar melhor do que imaginei
Não tem quem não gostou.
Mãos à obra, é hora de trabalhar
Poesias e mais poesias precisamos ler
Tudo isso para fundamentar
E muitas ideias podermos ter.
Nas aulas de Língua Portuguesa
muita coisa precisávamos aprender
rimas, versos e estrofes
é a hora de registrar e aprender.
Matemática era o tema principal
Outras disciplinas que vão esclarecer
Que ela nos é fundamental
E em tudo ela vai aparecer.
Os alunos precisaram pesquisar
Fatos históricos e sobre eles escrever
E em forma de cordel nos mostrar
O que de interessante aparecer.
Poesias e mais poesias
tínhamos que ler e produzir
muitas ideias sempre surgiam
para o nosso trabalho fluir
Ainda tem muita coisa pra fazer
As tecnologias da informação vamos usar
Coisas novas sempre aprender
E um ótimo trabalho apresentar!
No laboratório de informática
nas aulas de Língua Portuguesa e Matemática
produzimos vídeos, gravamos paródias, e poesias declamamos.
Agora é hora de nos preparar
para tudo, à todos apresentar
mostrar  que aprendemos
que Matemática e poesia
é possível relacionar.


Poesias Gêmeas

Nas aulas de Lingua Portuguesa foi trabalhado a poesia de Millôr Fernandes, e os alunos da 8ª série fizeram uma poesia gêmea, utilizando outras palavras, expressões matemáticas.


Poesia Gêmea

Poesia de Matemática (Millôr Fernandes)

(Vanessa Vicenzi)



Às folhas tantas

Do livro matemático

Um algarismo apaixonou-se

Um dia

doidamente

Por uma diagonal

Olhou-a com seu olhar ordinal

E viu-a do ápice à base

Uma figura perpendicular

Olhos rombóides, boca trapezóide

Corpo triangular, seios esferóides.

Fez de sua uma vida

Coordenada à dela

Até que se encontraram

No expoente

“Quem és tu?”, indagou ele

Em ânsia radical.

“Sou a soma do quadrado dos

Catetos

Mas pode me chamar de

Hipotenusa”.

E de falarem descobriram que eram

(o que em aritmética corresponde a

Almas irmãs)

Primos entre si

E assim se amaram

Ao cubo da velocidade da luz

Numa sexta potência

traçando

Ao sabor do presente

E da paixão

Paralelas, curvas, retângulos e transversal

Nos jardins da quarta dimensão.

Escandalizaram os ortodoxos das

Fórmulas euclidiana

E os exegetas do Universo Finito,

Romperam convenções newtonianas

E pitagóricas.

E enfim resolveram se casar

Constituir uma casa,

Um consecutivo.

Convidaram para padrinhos

O ângulo e a Álgebra

E fizeram, planos, operações e

Conjuntos para o futuro

Sonhando com uma felicidade

Integral e diferencial.

E se casaram e tiveram um secante

E tiveram três cones

Muito engraçadinhos.

E foram felizes

Até aquele dia

Em que tudo vira afinal

multiplicações

Foi então que surgiu

O Mínimo Múltiplo Comum

Freqüentador da círculos

Concêntricos,

Viciosos.

Ofereceu-lhe, a ela

Uma grandeza absoluta

E reduziu-a a uma operação

comum

Ele, algarismo, percebeu

Que com ela não formava mais um

Todo,

Uma unidade

Era o triângulo,

Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era uma linha oblíqua,

A mais ordinária.

Mas foi então que Einstein descobriu

A Relatividade

E tudo que era espúrio passou a ser

moralidade

Como, aliás, em qualquer

Comunidade.



Poesia Gêmea

Poesia Matemática (Millôr Fernandes)


(Geferson)


As folhas tantas

Do livro matemático

Um algarismo apaixonou-se

Um dia

Doidamente

Por um antecessor.

Olhou-a com seu olhar alterno

E viu-a do ápice à base

Uma figura adjacente

Olhos rombóides, boca bissetriz

Corpo congruente, seios consecutivos.

Fez de sua vida

O cálculo à dela

Até que se encontraram

No diagrama

“Quem és tu?”, indagou ele

Na diagonal radical.

“Sou a raiz do quadrado de oitenta e um

Mas pode me chamar de nove”

E de falarem descobriram que eram

(o que em incógnitas corresponde

a almas irmãs)

Primos entre si.

E assim se amaram

Ao quadrado da velocidade da luz

Numa sexta operação

Traçando

Ao sabor do momento

E da paixão

Produto, polinômio, círculos e linhas

Sinoidais

Nos jardins da reta numérica

Escandalizaram os ortodoxos das

Fórmulas euclidiana

E os exegetas da transversal

Romperam o trinômio

E termos semelhantes.

E enfim resolveram estudar

Construíram um ângulo

Mais do que um ângulo

Um ângulo agudo.

Convidaram para padrinhos

A álgebra e o algarismo

E fizeram planos, trinômio e

Calculo para o futuro

Sonhando com uma felicidade

Integral e diferencial.

E se casaram e tiveram uma coordenada

E três cones

Muito completo

E foram felizes

Até aquele dia

Em que tudo vira afinal

Decimal.

Foi então que surgiu

O eixo de x

Freqüentador de círculos

Concêntricos,

Isósceles.

Ofereceu-lhe, a ela,

Uma grandeza absoluta

E reduziu-a a um monômio

Comum.

Ele o número, percebeu

Que com ela não formava mais um

Todo.

Uma unidade.

Era a operação,

Tanto chamado amoroso.

Desse problema ela era o produto

A mais ordinária

Mas foi então que Einstein descobriu

A relatividade

Como, aliás, em qualquer
Replemento.


Mais um Cordel



Cordel – Bruna 5ª série


A matemática surgiu


Há muito tempo atrás


Começou com os egípcios e babilônios


E algo a mais.


Temos muita história pra contar


Então vamos começar.




Há muito tempo atrás


Eles usavam


Vários tipos de materiais


Era carvão


Era osso e pedras


Para contar os animais.




Alguns materiais


Eram fracos e frágeis


Eram apagadas pelas chuvas


Desmoronamentos e crescimentos de matos


Porque eram feitos


De barro e de outros jeitos.




Hoje em dia,


A matemática foi aprofundada.


Usada nas casas


Nas janelas e até nas escadas.


É tão importante


E hoje é muitíssimo utilizada.


Com o desenvolvimento deste trabalho, aprendemos muito e esse processo que dispomos acima é a certeza de que nossos alunos puderam aprender e crescer a partir das atividades que desenvolvemos. Foi um trabalho enriquecedor e significativo para toda a escola.