segunda-feira, 11 de abril de 2011

Poesias de Cordel
Ensaios realizados na prodção de poesia de cordel pelos alunos de 7ª e 8ª série

Visita de Obama
Obama veio ao Brasil
Não para morar
mas ele prometeu
o nosso povo ajudar
e disse também
que o petróleo vai comprar.

Obama é um homem
Muito poderoso
Mesmo assim aparenta
Ser muito bondoso
Demonstrou alegria
E ser generoso.

Foi em Brasília que Obama
Teve a primeira prosa
E logo em seguida
Foi à cidade maravilhosa
E ficou admirado com a beleza
Do Cristo Redentor e da natureza.

Obama trouxe
Seus próprios seguranças
Lá dos Estados Unidos
Vieram treinados
Para fazer um trabalho
Individual ou reunidos.

Com a visita de Obama
O Brasil pode se beneficiar
Se os políticos brasileiros
Souberem falar e esperar
E com muita dedicação
Os projetos planejar.

Obama e sua família
Voltaram de avião
Talvez ele volte aqui
Para outra reunião
Só depende dele
Falar sim ou não.

Talison Risso
8ª série
Baseado na visita do presidente Obama ao Brasil realizada no dia 18/03.



A mudança

Era uma vez um menino hiperativo
Que quebrava tudo sem motivo
Seu pai o detestava
E sua mãe até gostava,
Onde em casa tudo ele bagunçava.

Um dia seus pais perceberam uma novidade
E das algazarras sua mãe teve saudade
Que deixou seu pai pulando de felicidade,
Porque seu filho começou a ler com diversidade
Sem parar, nem por necessidade.

O menino vivia com um livro debaixo do braço
Que lia sem descanso
Nem para brincar no balanço
Sua mãe não gostou do esforço
Pois acabou com o alvoroço.

Sua mãe para resolver a situação
Começou a discussão
E sem muita argumentação
Queria de volta a agitação
Mesmo seu marido achando ilusão
Seu filho continuou com a dedicação.

Mesmo assim ninguém teve o que queria
E o menino admitia
Que lia porque preferia,
Sua mãe preferia a agitação
Seu pai a solidão
Mas nenhum teve a sua atenção.

Nesta poesia tem muita discordância
Porque nem sempre se consegue o que quer em abundância
Por isso precisamos ter paciência
E sempre se contentar por uma só preferência.

Gabriela Volpini
8ª série
Baseado no conto A DESCOBERTA de Luis Fernando Veríssimo, p 29 do livro O SANTINHO.


PINÓQUIO
Em uma terra muito distante
Vivia um marceneiro solitário
Que construiu um boneco solidário.
Quando dava-lhe o último toque
O maior susto levou
Pois o boneco saiu pulando
E cantarolando.

Chamou-se Pinóquio,
Adorava mentir,
Mas toda vez que isto acontecia
Seu nariz crescia.
Geppeto passou necessidade
Para Pinóquio poder estudar,
Que saindo de casa, vendeu seus livros
Para no circo se bobear.

Encontrou uma fada pelo caminho
Que fez seu nariz diminuir um tantinho
Muito envergonhado para voltar à morada
Pegou carona em uma carroça escancarada.
Que ia a um lugar muito divertido,
Mas acabou sendo advertido,
E em um burro metido.

Passou a puxar arado toda hora
E acabou se machucando sem demora
Foi vendido para um músico muito maluco
Que amarrou uma pedra em seu pescoço
E atirou-o em um poço
Pelos peixes ele foi ajudado
Para que ele pudesse ter seu fôlego recuperado.

Acabou engolido por um peixão
Onde encontrou seu pai de criação
Conseguiram escapar por sorte
Das garras da morte.

Um dia Geppeto acordou
E um grande susto levou
Pois encontrou seu boneco
Transformado em um menino
Muito divertido.

Assim conta a história
Do boneco que virou menino,
Aprendeu que na vida
Não podemos viver mentido.
Pois um dia nessas idas e vindas
Alguém sempre acaba descobrindo.

Flávia Stedille
8ª série

Baseada no livro PINÓQUIO – coleção Eko Stars

O BEM SÓ SE PAGA COM O BEM
Vou contar a vocês
Uma história que li
Uma história que
Surpreendeu a quem ouvia
Fala de que o bem se paga
Com o bem sabia?

Uma onça caiu numa armadilha
Tentou escapar, não conseguiu
Avistou então nos arredores
Um homem a quem ajuda pediu
Medroso pensando em horrores
A onça não acudiu.

A onça então jurou
Ser eternamente agradecida
O homem acreditou e desatou as cordas
Solta se sentido aliviada
Não pensou duas vezes disse:
- Você é meu jantar, muito felizarda.

O homem pediu e rogou
Até a onça dizer –uma coisa combinaremos
Três animais darão sua opinião
Se a maioria favorecer a mim já sabemos
-Te devorarei no meu jantar.
Disse a onça contente.

Encontraram um cavalo velho e abandonado
Que ouviu todo o acontecido
Dizendo: - trabalhei a minha vida inteira
E agora, sem recompensa, morro esquecido.
O bem só se paga com o mal
Disse o cavalo aborrecido.

Adiante encontraram-se com um boi
Que ouviu toda a história, falando fininho
- Ajudei meu dono toda a minha vida
E em vez de recompensa venderão o meu corinho
- O bem só se paga com o mal
Disse o coitadinho.


Viram então o macaco
Contaram-lhe toda a história
O macaco então saltava
Fazendo caretas e só ria
A onça já zangada
Pedia por que zombaria?

O macaco explicando falou
- O homem caiu na armadilha que ele mesmo cavou
A onça logo disse:- quem caiu fui eu
Então quer dizer que ele a salvou?
Disse o macaco julgando-a mentirosa
A onça querendo demonstrar saltou.

Saltou para dentro da armadilha
O macaco de pressa trancou a safada
Disse o mesmo:- O bem só se paga com o bem
E você fez o mal, onça descarada
Agora receba o mal
E deixou ela na armadilha bem trancada.

Alana Volpini
7ª série

Baseada no livro CONTOS TRADICIONAIS DO BRASIL PARA CRIANÇAS, p 11.
Autor: Luís Câmara Cascudo


O NEGRINHO DO PASTOREIO
Nos tempos da escravidão
Havia um fazendeiro orgulhoso
Que só tinha olhos para seu filho
Que não era nada bondoso
Pois tratava o negrinho
Como preguiçoso.
Negrinho era só uma criança
E já era muito sofrido
Pois era castigado
Pelas malandragens
Do filho do fazendeiro
Que não era nada querido.

Num dia de inverno muito frio
O fazendeiro mandou o negrinho pastorear,
Mas seu filho discretamente tocou um cavalo
Para fora da fazenda, pois sabia que o negrinho ia apanhar
Porque um cavalo iria faltar.

Quando o fazendeiro chegou
O menino apanhou
Apanhou até sangrar
O fazendeiro disse:- Esse cavalo você tem que encontrar
Se não quando voltar vou te matar.

Quando voltou à fazenda
Ele ficou furioso, pois o cavalo não estava lá.
O fazendeiro surrou e espancou sem pena
Depois o amarrou em cima de um formigueiro
Para matar devagarzinho esse futuro cavaleiro.

Três dias depois o fazendeiro voltou
O menino estava são
Sem marcas de chicoteadas
E nem uma mordida nem formigão
Ao lado dele estava Nossa Senhora
Pois foi essa Santa tão bondosa que lhe deu a salvação.

Leonardo Piffer
7ª série

Baseado no livro O NEGRINHO DO PASTOREIO
Coleção FOLCLORE INESQUECÍVEL.