quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CURSO PROFESSORES EM REDE
INSTITUTO JABORANDI
INSTITUTO SADIA
PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCÓRDIA





RELATÓRIO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENCERRAMENTO DO CURSO PROFESSORES EM REDE




BULLYING


CURSISTAS: ALINE LABA DE SOUZA PINTO
CLEIDE VERUCK
VANESSA FRIZON

ESCOLAS ENVOLVIDAS: EBM ELIZABETHA ANDREAZZO PAVAN E
EBM SANTA RITA

Concórdia, Setembro 2010
RELATÓRIO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ENCERRAMENTO DO CURSO PROFESSORES EM REDE

BULLYING

Ao final do primeiro módulo do curso Professores em Rede, fomos desafiados a desenvolver uma proposta pedagógica usando as ferramentas digitais, em consonância com o Plano Político Pedagógico da escola e com a proposta da Secretaria Municipal de Educação de Concórdia, levando em consideração os três momentos pedagógicos para que realmente se efetivasse o conhecimento. No primeiro momento realizamos o estudo da realidade, em seguida a organização do conhecimento e num terceiro momento a aplicação do conhecimento. (anexo 1)
O curso oportunizou o desenvolvimento da proposta de forma interdisciplinar, envolvendo as escolas: Escola Básica Municipal Elizabetha Andreazzo Pavan e Escola Básica Municipal Santa Rita, uma vez que, levando em consideração fatos cotidianos dessas escolas, ambas optaram por trabalhar o tema bullying, sendo que as responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho na EBM Elizabetha Andreazzo Pavan foram as professoras Aline Laba de Souza Pinto professora de Matemática e Vanessa Frizon professora de Língua Estrangeira-Espanhol e na EBM Santa Rita a responsável pelo desenvolvimento do projeto foi Cleide Veruck, professora de História.
Considerando que o tema Bullying é um tema atual e extremamente relevante, além de considerar que casos de bullying estavam ocorrendo em ambas as escolas, decidimos trabalhar o tema, pois, estávamos percebendo a existência de casos de bullying, esses casos eram motivados por uma série de situações que precisávamos identificar e alertar os alunos, uma vez que, muitos deles não eram delatados.
Assim, desenvolvemos uma proposta que envolvesse as séries finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) a fim de mobilizar os alunos a agirem contra os possíveis casos de bullying, utilizando-se das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para ampliarem seus conhecimentos a respeito do assunto, refletindo sobre suas próprias atitudes. Para tanto, além das disciplinas já mencionadas, várias outras contribuíram no desenvolvimento deste projeto, as disciplinas de Língua Portuguesa, Educação Física e Ciências.
Objetivo Geral
• Instigar a reflexão dos alunos sobre suas próprias atitudes com relação ao bullying, pesquisar e aprender a usar as Tecnologias de Informação e Comunicação de forma eficiente e reflexiva, a fim de que mudassem suas condutas.
Objetivos pedagógicos
• Pesquisar o que é bullying, causas e consequências, comportamentos da vítima e do agressor utilizando os recursos da internet como: google livros, blogs, sites, imagens...
• Desenvolver a capacidade de analise crítica e reflexão a partir de leituras e produções de textos;
• Criar e utilizar email usando o Google docs como ferramenta para editar e compartilhar textos, bem como usar o Google tradutor para traduzi-los;
• Utilizar o excel para análise de dados;
• Produzir slides no Power Point;
• Usar o movie maker como editor de vídeos;
• Empregar os conhecimentos adquiridos nas pesquisas para produzir Histórias em Quadrinhos na Máquina de Quadrinhos, no Toondoo e no tika tok;
• Postar vídeos no you tube

Para que os objetivos propostos realmente se concretizassem refletimos e discutimos a partir de questões como:
1. Conhecimentos e ação na comunidade
2. A educação que pode transformar a realidade
3. Interdisciplinaridade e diálogo
4. Desafios e soluções na aplicação do conhecimento
5. Parceria Criativa
Essas reflexões basearam-se em diversas leituras que realizamos durante o curso, especialmente num trecho do livro de Paulo Freire intitulado- A concepção “bancária” da Educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica.
Deste modo, para iniciarmos o trabalho, realizamos uma pesquisa bibliográfica, a qual todos os alunos utilizaram o laboratório de informática para realizar a pesquisa, neste momento, apontamos alguns recursos (TICs) que poderiam facilitar o processo. Criamos email, utilizamos o Google docs e o Google books.
De posse de uma série de informações, sobre o bullying, foi aplicada uma entrevista, em Espanhol, num primeiro momento apenas aos alunos 8ª série, que ficou responsável por realizar essa entrevista com as demais turmas da escola. Assim, os alunos da 8ª série foram divididos em três grupos, cada um deles ficou responsável por aplicar a uma das turmas restante. Os grupos foram de sala em sala, explicando e aplicando o questionário da entrevista. Os alunos deveriam responder a mesma levando em consideração atitudes percebidas naquela semana.

FOTOS DOS ALUNOS DA 8ª SÉRIE REALIZANDO AS ENTREVISTAS





Os dados coletados a partir desse processo foram compilados e transformados em gráficos pelos alunos da 6ª série.
Actitudes malas en nuestra escuela
Com o uso da ferramenta - Excel, os alunos da 6ª série, realizaram as análises mais detalhadas e aproveitaram para descobrir os recursos dessa ferramenta, mudaram cores, estilos de gráficos, utilizaram porcentagem. A utilização desse recurso foi muito produtiva, uma vez que, os alunos percebiam a importância de analisar os dados e identificar se o gráfico feito informava exatamente o que se queria. Também elaboraram vídeos sobre os tipos de bullying. Para esses vídeos eles criaram peças de teatro que posteriormente foram postadas no movie maker.

FOTOS: ALUNOS DA 6ª SÉRIE




Com os gráficos prontos, foi produzido uma apresentação de slides para a apresentação às outras turmas, a fim de expormos o resultado obtido em nossa escola sobre o bullying.

ALGUNS GRÁFICOS PRODUZIDOS PELOS ALUNOS DA 6ª SÉRIE QUE ILUSTRAM O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO





A turma da 5ª série foi desafiada a criar histórias em quadrinhos, na Máquina de Quadrinhos e no Toondoo com as informações que pesquisaram sobre o Bullying. Num primeiro momento, eles criaram emails, aprenderam a realizar uma pesquisa, e utilizar a “Máquina de Quadrinhos” de Maurício de Souza e o Toondoo. A partir da pesquisa eles produziram suas histórias em quadrinhos, com a finalidade de informar sobre o que é, e os tipos de bullying, tanto na disciplina de Língua Portuguesa quanto em Espanhol e História.

HISTÓRIA EM QUADRINHO EM PORTUGUÊS












HISTÓRIA EM QUADRINHO EM ESPANHOL










TOONDOO








Com os alunos da 7ª série da EBM Elizabetha A. Pavan, o trabalho de pesquisa gerou teatros de diversas modalidades; (fantoches, teatros mudos, telejornais), falando sobre as causas e consequências, e como combater o bullying. Todos os momentos foram fotografados e filmados. O movie maker foi a ferramenta utilizada para reproduzir os vídeos completos, que também foram postados no youtube. Todos os alunos criaram emails, e aprenderam a utilizá-lo como ferramenta de aprendizagem, enviando emails as professoras comentando e informando o andamento de seus trabalhos. Já na EBM Santa Rita os alunos da 7ª série pesquisaram sobre a história do bullying com elaboração de texto científico. Para a elaboração destes textos, fizeram uso do google docs. Esses trabalhos foram sendo compartilhados entre as escolas para que os alunos pudessem acompanhar o cada escola estava desenvolvendo sobre o tema, além disso, podiam opinar a respeito dos trabalhos desenvolvidos. Os vídeos podem ser acessados no link: http://www.youtube.com/results?search_query=escolaelizabetha&aq=o
Além da pesquisa os alunos da 8ª série da EBM Elizabetha A. Pavan produziram um texto informativo sobre o bullying em português e espanhol. Para desenvolver essa atividade os alunos utilizaram o google docs e o google tradutor, nesse contexto, o aluno que produzia o texto informativo em português usava o tradutor para realizá-lo em espanhol também o mesmo ocorria de forma contrária, se o aluno escrevesse em espanhol traduzia para o português.

TEXTO INFORMATIVO
¿Sabes que es bullying?
Bullying es una palabra inglesa que significa intimidación y generalmente los casos de persecución y de agresiones se están detectando en las escuelas y colegios, y que están llevando a muchos escolares a vivir situaciones verdaderamente aterradoras.
El Bullying se refiere a todas las formas de actitudes agresivas, intencionadas y repetidas, que ocurren sin motivación evidente, adoptadas por uno o más estudiantes contra otro u otros. Así, el que ejerce el bullying lo hace para imponer su poder sobre el otro, a través de constantes amenazas, insultos, agresiones, etc. La víctima sufre calada en la mayoría de los casos ni mismo los colegas hablan para sus padres o profesores pues tienen miedo de las consecuencias.
Las victimas del bullying generalmente sienten dolor, angustia, miedo, a tal punto que, en algunos casos, puede llevarle a consecuencias devastadoras como el suicídio.


El comportamiento del autor de bullying
Normalmente, el agresor tiene un comportamiento provocador y de intimidación permanente. Generalmente es muy agresivo, les gusta veer los otros con miedo, angustiados...Al agresor les gusta probar la sensación de poder. Los agresores ejercen su acción contra su víctima de diversas formas: les golpean, les molestan, provocan, acosan con empujones y golpes, les aíslan del grupo, les ofenden y les anulan.
La víctima de bullying
Habitualmente, las víctimas del bullying son niños que no disponen de recursos o habilidades para reaccionar, son poco sociables, sensibles y frágiles, son los esclavos del grupo, y no saben revidar por vergüenza o por conformismo, siendo muy perjudicados por la amenazas y agresiones.
¿Qué nosotros podemos hacer?
Es importante que los professores, padres y las personas se queden atentos y hablen com los agresores y victimas pues los dos precisan de tratamiento. El bullying no es un problema nuevo ni aislado, y lo que primero que hay que hacer en estos casos es identificar la víctima y el agresor. Y tener la consciencia de que ambos sufren, y por lo tanto, necesitan ser atendidos y tratados.
Texto produzido pela aluna Ana Paula (8ª série) a partir do site: http://www.guiainfantil.com
A 8ª série da EBM Santa Rita pesquisou a respeito da caracterização de quem pratica e de quem sofre bullying de posse desses dados criaram um livro utilizando o tika tok.

USO DO TIKA TOK








Concluída essa etapa, solicitamos que os alunos fizessem um relatório falando sobre o processo de utilização das TICs, aprendizagens, dificuldades, facilidades, e o que aprenderam, a partir do relatório, nós também conseguimos visualizar o quanto os alunos aprenderam. Paralelamente, ao trabalho realizado com as TICs, construímos um painel no qual todas as atividades desenvolvidas foram expostas, em forma de fotografia, gráficos, textos, histórias em quadrinhos, recortes de jornais...









No dia 21 de julho apresentamos para a unidade escolar todo o trabalho já realizado, fotografamos e filmamos a apresentação, nesse momento apresentamos de forma mais efetiva todas as atividades que foram desenvolvidas pelas escolas Elizabetha Pavan e Santa Rita.

Socialização do trabalho realizado com a Unidade escolar





Percebemos com essa proposta uma interação muito grande entre professores, alunos e funcionários, as TICs agilizaram muito o processo, uma vez que, os alunos podiam compartilhar informações, pesquisas, dados, imagens, textos, enfim tudo o que estavam realizando e o que pensavam sobre o assunto. Nesse contexto, conseguimos atingir nossos objetivos e as TICs passaram a fazer parte dos nossos planejamentos diários.
Visualizando todo o percurso, percebemos que no inicio poucos dos nossos alunos tinham emails, e não faziam uso dos mesmos pois não tinham a dimensão das possibilidades que os mesmos proporcionam pedagogicamente. Ensinamos os alunos que ainda não tinham email a criá-los e assim eles puderam utilizar os mesmos como uma forma de compartilhar seus saberes, além disso, perceberam a importância de terem um email cadastrado uma vez que a partir dele poderiam criar blogs, slides shows dentre outros recursos tecnológicos. Também a partir dos emails conseguiram usar um recurso da internet muito interessante e eficaz o google docs, que possibilitou aos alunos e aos professores acompanharem de forma efetiva o trabalho que estava sendo desenvolvido.
Esse trabalho foi muito produtivo tanto para nós professores quanto para os alunos, pois, podíamos refletir junto com eles a respeito do que estavam escrevendo. Isso contribuiu muito para o nosso trabalho de professoras assim como no trabalho dos alunos, que melhoram muito suas produções. Outro recurso que valorizou bastante o trabalho e que os alunos gostaram muito foi o google tradutor, uma vez que esse recurso facilitou muito a aprendizagem dos mesmos.
O Excel, apesar de já ser utilizado em outros momentos, foi uma ferramenta de análise muito importante, pois os próprios alunos, ao formatarem os gráficos, perceberam, além da importância da clareza das informações, que em nossas escolas há a presença de várias atitudes que configuram bullying.
A princípio os alunos não sabiam muito bem selecionar os sites para pesquisa, sites seguros e com informações corretas, no decorrer do trabalho aprenderam a analisar melhor as informações e fazer uso de sites seguros e a utilizar o google books, que é um recurso no qual há a disposição muitos livros.
Percebemos que os alunos entenderam aonde queríamos chegar ao trabalhar o assunto bullying e o uso das tecnologias de informação e comunicação. Percebemos isso, muito além das mudanças de atitude, mas também pelas histórias em quadrinhos que produziram na máquina de quadrinhos e no toondoo, nas quais os alunos alertam para as causas e consequências, como se comportam a vítima e o agressor do bullying, essas reflexões estão presentes também nos textos informativos que produziram da mesma forma na utilização do tika tok, com a produção do livro.
As fotos sempre foram um recurso utilizado em nossas escolas como forma de registro das atividades desenvolvidas e as produções de slides a partir dessas imagens, serviu como meio de reflexão sobre as atitudes tomadas com colegas, conscientizando e alertando sobre questões importantes acerca do tema trabalhado.
Os teatros que tinham como objetivo a conscientização e esclarecimento sobre o bullying, foram filmados e editados a fim de serem exibidos à comunidade escolar. A ferramenta de vídeo foi utilizada também para filmar as etapas do trabalho, para que os alunos pudessem além de se prepararem para próximas filmagens, identificar seus erros e acertos, bem como suas habilidades, essa atividade foi de extrema importância uma vez que os alunos analisavam suas próprias performances e aprimoravam suas falas.
Os trabalhos realizados forma muito bons, porém toda essa trajetória não foi só marcada por momentos de consagração, algumas dificuldades surgiram durante o processo. Algumas ferramentas tecnológicas não foram utilizadas da forma que idealizamos a princípio, por exemplo, o movie maker. Após serem filmados os alunos deveriam analisar e editar seus vídeos, porém, nosso laboratório de informática não oferece esse programa.
Outra dificuldade foi postar as histórias na máquina de quadrinhos foi muito demorado por causa da conexão da escola, perdendo inclusive algumas produções realizadas.
Como testemunhas do envolvimento e do entusiasmo dos alunos, professores e funcionários, podemos afirmar que o desenvolvimento de todo o processo foi marcado por muito trabalho, pesquisa, dedicação, empenho... Ou seja, esta proposta está marcada pela beleza, criatividade, e simplicidade de quem quer aprender e que está apenas engatinhando para o fortalecimento do uso das Tecnologias de Informação e comunicação de forma consciente.
Anexos
Anexo 1
Plano de Aula Interdisciplinar – Espanhol, Matemática, História, incluindo outras disciplinas
Tema: Bullying
1. Estudo da realidade:
a) Todos os dados coletados devem ser convertidos e salvos na ferramenta Google docs, e compartilhado com os colegas de cada grupo.
b) História do bullying,onde surgiu, quais as causas, qual o perfil do aluno que pratica e do aluno que sofre a agressão, quais os tipos mais freqüentes, quais as conseqüências dessa violência, quais os indícios que levam a perceber que esta acontecendo o bullying, como tratar essa situação, qual é a situação do bullying no Brasil (nos países da America Latina – língua espanhola) a espanhola), dados estatísticos sobre o assunto.
c) Ao final da produção, utilizar a ferramenta de tradução do Google ou do próprio Windows para a tradução para Espanhol.

2. Organização da pesquisa:
a) Verificar se a tradução é realmente correta.
b) A partir da pesquisa realizada na internet, montar slides explicativos sobre o assunto, utilizando imagens e texto em espanhol.
c) Analisar os dados e montar gráficos que demonstrem a situação do bullying no Brasil, no mundo, e sua evolução histórica.
d) Montar quadrinhos com a ferramenta Toondoon sobre o assunto, em Espanhol.
e) Fazer uma pesquisa na escola sobre o assunto, compilar os dados obtidos colocando em gráficos e fazer um vídeo explicativo para postar no youtube ou no movie maker.

3. Aplicação do Conhecimento:
a) Apresentar os slides explicativos sobre o assunto
b) Compartilhar a análise de dados a partir dos gráficos
c) Expor os quadrinhos criados no toondoo
d) Apresentar a pesquisa realizada na escola
e) Postar os trabalhos no blog da escola.

Organização do trabalho a ser desenvolvido em cada série.
Bullying
5ª série -2 semanas
*“O que é Bullying?”
*“Tipos de Bullying”
*Slides;
*Movie maker;
*Histórias em quadrinho (Máquina de quadrinhos e toondoo)
*Vídeo informativo sobre bullying

6ª série-2 semanas
*Gráficos
*Slides;
*Movie maker;
*Ferramenta de voz
*Vídeo informativo sobre bullying

7ª série-3 semanas
“Causas e Consequências”
“Como se comporta um agressor e a vitima”
“Como Combater”
*Teatro
*Produção de texto científico utilizando o google docs
*Vídeo informativo sobre bullying

8ª série-3 semanas
Pesquisa : formatação a partir do google books
Questionário e compilação de dados para a 6ªsérie fazer os gráficos
* como detectar o bullying
* que atitudes tomar para evitar o bullying
*produção de texto informativo ( em português ou espanhol usando as ferramentas de tradução)
* livro no tikatok- características de quem sofre o bullying
*Vídeo informativo sobre bullying
Outros complementos:
Paródia, poesia, teatro, texto informativo, jornalzinho, mural com imagens, desenhos, frases (por no livro)
A apresentação final do projeto na escola será no dia 21/07
Sequência de apresentação do projeto parcialmente concluído
* O curso
* Projeto- Bullying (Por quê esse tema, PPP, Rede temática)
* Pesquisa realizada por todos para coletar informações;
* Questionário da 8ª série
* Gráficos/reflexão
* Apresentação slides- histórias em quadrinhos (o que é bullying, tipos e conscientização)
* Vídeo de teatros
* Slides de fotos dos alunos durante todo o processo
* Vídeo dos alunos falando sobre o processo
* Apresentação de textos informativos
* Relato de alguns alunos sobre o trabalho realizado
Possíveis questionamentos: Relato das atividades que desenvolveram, aponte dificuldades/ facildades, o que mais gostou, o que você aprendeu sobre o bullying e as ferramentas tecnológicas utilizadas.
Texto científico
BULLYING
Camila Ferraz

Encontramos vários conceitos para o Bullying, porém a definição universal trazida por alguns autores diz que o
[...] Bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do "comportamento bullying" (Fante, 2005, p. 28 e 29).

A mesma autora, ainda acrescenta que "definimos o Bullying como um comportamento cruel intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de "brincadeiras" que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar" (Fante, 2005, p. 29).
Pesquisas realizadas pela UNESCO com jovens de diversas cidades do Brasil (Brasília, Fortaleza, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo) permitiram verificar que, aproximadamente 60% dos jovens na faixa de 14 a 19 anos de idade foram vítimas de algum tipo de violência nas unidades escolares, nos últimos anos. Na Noruega em 1982 ocorreu o suicídio de três crianças entre 10 e 14 anos, motivadas pela situação de maus-tratos a que eram submetidos pelos seus companheiros da escola, este fato teve grande repercussão nos meios de comunicação, mobilizando o governo Norueguês que fizera uma campanha nacional contra o bullying no ano seguinte.
A ABRAPIA — Associação Brasileira de Proteção a Infância e a Adolescência, entre os anos de 2000 a 2004, pesquisaram e constataram que 40,5% dos alunos admitiram estar envolvidos em bullying, revelando também que este fenômeno se faz presente com índices superiores aos países europeus.
Na década de 1970, na Suécia, surgiu um maior interesse da sociedade sobre este problema, logo em seguida estendeu-se para vários países No início dos anos 70, Dan Olweus iniciava investigações na escola sobre o problema dos agressores e suas vítimas, embora não se verificasse um interesse das instituições sobre o assunto. Olweus pesquisou inicialmente cerca de 84.000 estudantes, 300 a 400 professores e 1.000 pais entre os vários períodos de ensino.
Segundo Olweus, apud Fante (2005),
[...] não há dúvidas de que a maioria dos casos de Bullying acontece no interior da escola. Entretanto, para que um comportamento seja caracterizado Bullying, é necessário distinguir os maus-tratos ocasionais e não graves dos maus-tratos habituais e graves (p. 49).
Os primeiros resultados sobre o diagnóstico do BULLYING foram informados por Olweus (1989), e por eles se verificou que 1 em cada 7 estudantes estava envolvido em caso de BULLYING. Esses resultados deram origem, em 1993, ao livro “BULLYING at School” apresentando e discutindo o problema, objetivando ajudar a identificar sinais ou sintomas que poderiam ajudar a identificar possíveis agressores e vítimas.













REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAPIA. Bullying. Disponível em: http://www.bullying.com.br
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying – Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª edição. Campinas SP: Veros Editora, 2005.
BEANE, Allan L. Bullying aulas libres de acoso, 1ª edição, Editora Graó, 2006
http://www.fafem.com.br/NOTICIAS/01_07_2008/bullying_pesquisa.pdf
http://www.bullying2g.xpg.com.br/site/blogdetalhes/1248151539761178/9469/locais_do_bullying.html
http://www.bullying.com.br/BBibliograf23.htm
http://www.guiainfantil.com
TAYLOR, Maurren. Bullying e o Desrespeito. São Paulo. Artmed. 2006.


Links os quais estão postados os vídeos e as atividades realizadas:
http://www.youtube.com/results?search_query=escolaelizabetha&aq=o
http://www.tikatok.com/view/book/caracter-sticas-de-quem-sofre-e-de-quem-pratica-bullying-001
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/Privado/MeusQuadrinhos.aspx
http://aprenderetudodebom.blogspot.com
http://matematicaematematica.blogspot.com
http://vanessapequenosescritores.blogspot.com

terça-feira, 20 de julho de 2010

Plano de Aula Interdisciplinar – Espanhol e Matemática....e incluindo outras disciplinas

Tema: Bullying


1. Pesquisa sobre o assunto:

a) Todos os dados coletados devem ser convertidos e salvos na ferramenta googledocs, e compartilhado com os colegas de cada grupo.

b) História do bullying,onde surgiu, quais as causas, qual o perfil do aluno que pratica e do aluno que sofre a agressão, quais os tipos mais frequentes, quais as consequências dessa violência, quais os indícios que levam a perceber que esta acontecendo o bullying, como tratar essa situação, qual é a situação do bullying no Brasil (nos países da America Latina – língua espanhola), dados estatísticos sobre o assunto.

c) Ao final da produção, utilizar a ferramenta de tradução do Google ou do próprio Windows para a tradução para Espanhol.


2. Organização da pesquisa:


a) Verificar se a tradução é realmente correta.

b) A partir da pesquisa realizada na internet, montar slides explicativos sobre o assunto, utilizando imagens e texto em espanhol.

c) Analisar os dados e montar gráficos que demonstrem a situação do bullying no Brasil, no mundo, e sua evolução histórica.

d) Montar quadrinhos com a ferramenta Toondoon sobre o assunto, em Espanhol.

e) Fazer uma pesquisa na escola sobre o assunto, compilar os dados obtidos colocando em gráficos e fazer um vídeo explicativo para postar no youtube ou no movie maker.

3. Aplicação do Conhecimento:

a) Apresentar os slides explicativos sobre o assunto

b) Compartilhar a análise de dados a partir dos gráficos

c) Expor os quadrinhos criados no toondoon

d) Apresentar a pesquisa realizada na escola

e) Postar os trabalhos no blog da escola.

Bullying

5ª série
2 semanas
“O que é Bullying?”

“Tipos de Bullying”

· Slides;

· Movie maker;

· Histórias em quadrinho

6ª série

2 semanas
“Gráficos”

· Slides;

· Movie maker;

· Ferramenta de voz

7ª série
3 semanas
“Causas e Consequências”

“Como se comporta um agressor e a vitima”

“Como Combater”

· Teatro

8ª série

3 semanas
Pesquisa : formatação a partir do google books

Questionário e compilação de dados para a 6ªsérie fazer os gráficos
* como detectar o bullying
* que atitudes tomar para evitar o bullying

outros complementos:
paródia, poesia, teatro, texto informativo, jornalzinho, mural com imagens, desenhos, frases (por no livro)
A apresentação final do projeto na escola será no dia 21/07
Currículo e avaliação
Avaliamos a todo instante, para qualquer decisão que tomamos partimos do princípio da avaliação, na qual elencamos pontos positivos e negativos para que a decisão tomada seja a mais acertada possível para o momento. O mesmo acontece nas atividades escolares, devemos avaliar constantemente o processo para que no decorrer das atividades possamos redimensionar o caminho quando necessário. A avaliação escolar precisa ser freqüente, pois a partir dela podemos identificar tivemos mudança de atitude, de aprendizagem do ponto de partida ao ponto de chegada.
A avaliação é, portanto, uma atividade que envolve legitimidade técnica e legitimidade política na sua realização. Ou seja, quem avalia, o avaliador, seja ele o professor, o coordenador, o diretor etc., deve realizar a tarefa com a legitimidade técnica que sua formação profissional lhe confere. Entretanto, o professor deve estabelecer e respeitar princípios e critérios refletidos coletivamente, referenciados no projeto político pedagógico, na proposta curricular e em suas convicções acerca do papel social que desempenha a educação escolar. Este é o lado da legitimação política do processo de avaliação e que envolve também o coletivo da escola.
Se a escola é o lugar da construção da autonomia e da cidadania, a avaliação dos processos, sejam eles das aprendizagens, da dinâmica escolar ou da própria instituição, não deve ficar sob a responsabilidade apenas de um ou de outro profissional, é uma responsabilidade tanto da coletividade, como de cada um, em particular. Avaliar, para o senso comum, aparece como sinônimo de medida, de
atribuição de um valor em forma de nota ou conceito. Porém, nós, professores, temos o compromisso de ir além do senso comum e não confundir avaliar com medir.
Avaliar é um processo em que realizar provas e testes, atribuir notas ou conceitos é apenas parte do todo. A avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para tentar manter ou melhorar nossa atuação futura. Essa é a base da distinção entre medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro.
Portanto, medir não é avaliar, ainda que o medir faça parte do processo de avaliação. Avaliar a aprendizagem do estudante não começa e muito menos termina quando atribuímos uma nota à aprendizagem. Hoje, é voz corrente afirmar-se que a avaliação não deve ser usada com o objetivo de punir, de classificar ou excluir. Usualmente, associa-se mais a avaliação somativa a estes objetivos excludentes. Entretanto, tanto a avaliação somativa quanto a formativa podem levar a processos de exclusão e classificação, na dependência das concepções que norteiem o processo educativo. Apesar de termos claro que o processo avaliativo não deva ter caráter exclusivo, punitivo, é recorrente os casos de profissionais que fazem chantagem com seus alunos a fim de garantirem o "bom comportamento" em sala de aula a partir das notas, ou seja, deixasse de pensar na aprendizagem enquanto foco de avaliação para pensar na avaliação atitudinal, comportamental o que não garante de forma alguma que o aluno tenha aprendido.
A avaliação tem como foco fornecer informações acerca das ações de aprendizagem e, portanto, não pode ser realizada apenas ao final do processo, sob pena de perder seu propósito. Segundo Allal (1986, p.176), "os processos de avaliação formativa são concebidos para permitir ajustamentos sucessivos durante o desenvolvimento e a experimentação do curriculum". Perrenoud (1999, p.143) define a avaliação formativa como "um dos componentes de um dispositivo de individualização dos percursos de formação e de diferenciação das intervenções e dos enquadramentos pedagógicos".
Outro aspecto fundamental de uma avaliação formativa diz respeito à construção da autonomia por parte do estudante, na medida em que lhe é solicitado um papel ativo em seu processo de aprender. Ou seja, a avaliação formativa, tendo como foco o processo de aprendizagem, numa perspectiva de interação e de diálogo, coloca também no estudante, e não apenas no professor, a responsabilidade por seus avanços e suas necessidades. Para tal, é necessário que o estudante conheça os conteúdos que irá aprender, os objetivos que deverá alcançar, bem como os critérios que serão utilizados para verificar e analisar seus avanços de aprendizagem. Nessa perspectiva, a auto-avaliação torna-se uma ferramenta importante, capaz de propiciar maior responsabilidade aos estudantes acerca de seu próprio processo de aprendizagem e de construção da autonomia. A avaliação formativa é aquela em que o professor está atento aos processos e às aprendizagens de seus estudantes. O professor não avalia com o propósito de
dar uma nota, pois dentro de uma lógica formativa, a nota é uma decorrência do processo e não o seu fim último. O professor entende que a avaliação é essencial para dar prosseguimento aos percursos de aprendizagem.Continuamente, ela faz parte do cotidiano das tarefas propostas, das observações atentas do professor, das práticas de sala de aula.
A avaliação formativa neste contexto é tida como ponto de referência tanto para o professor quanto para o aluno, uma vez que é aquela que orienta os estudantes para a realização de seus trabalhos e de suas aprendizagens, ajudando-os a localizar suas dificuldades e suas potencialidades, redirecionando-os em seus percursos. E aponta ao professor os pontos necessários a serem retomados e repensados a fim de tornar a aprendizagem algo eficaz e significativo para seus alunos.
Neste contexto é fundamental transformar a prática avaliativa em prática de aprendizagem. Avaliando de modo a proporcionar condição para a mudança de prática e para o redimensionamento do processo de ensino/aprendizagem. Uma vez que, avaliar faz parte do processo de ensino e de aprendizagem: não ensinamos sem avaliar, não aprendemos sem avaliar. Dessa forma, rompe-se com a falsa dicotomia entre ensino e avaliação, como se esta fosse apenas o final de um processo.
Assim, mesmo sem perceber em nossas salas de aulas, estamos permanentemente emitindo juízos de valor sobre os estudantes (freqüentemente de forma pública). Esses juízos de valores vão conformando imagens e representações entre professores e estudantes, entre estudantes e professores e entre os próprios estudantes. Devemos ter em mente que, em nossa prática, não estamos avaliando nossos estudantes e crianças, mas as aprendizagens que eles realizam.
A busca pela coerência nas ações educativas deve ser o norte do professor. O professor, trabalhando na perspectiva da avaliação formativa, não está preocupado no dia-a-dia em atribuir notas aos estudantes, mas em observar e registrar seus percursos durante as aulas, a fim de analisar as possibilidades de aprendizagem de cada um e do grupo como um todo. Pode, dessa forma, planejar e replanejar os processos de ensino, bem como pode planejar as possibilidades de intervenção junto às aprendizagens de seus estudantes.
|Na proposta de educação democrática do Município de Concórdia, a avaliação é assim descrita:
"O significado da avaliação na Educação Democrática deverá superar as práticas tradicionais, classificatórias e excludentes, percebendo a avaliação como parte do processo de mediação da construção do conhecimento. Isso implica em acompanhar este percurso com diversos instrumentos que permitam analisar e dialogar com o aluno, reencaminhando ações conforme suas necessidades e suas diferenças individuais (...)

A avaliação é um processo intrínseco em todas as atividades desenvolvidas na escola:

A avaliação é algo inerente aos processos cotidianos e de aprendizagem, na qual todos os sujeitos desses processos estão envolvidos. A avaliação como parte de uma ação coletiva de formação dos estudantes, ocorre, portanto, em várias esferas e com vários objetivos. (FERNANDES, FREITAS, 2008, p. 18)

Para estes autores há a avaliação da aprendizagem dos estudantes, em que o professor tem um protagonismo central, mas há também a necessária avaliação da instituição como um todo, na qual o protagonismo é do coletivo dos profissionais que trabalham e conduzem um processo complexo de formação na escola, guiados por um projeto político-pedagógico coletivo.

A avaliação é uma das atividades que ocorre dentro de um processo pedagógico,que inclui outras ações que implicam na própria formulação dos objetivos da ação educativa, na definição de seus conteúdos e métodos, entre outros. A avaliação, portanto, sendo parte de uma processo maior, deve ser usada tanto no sentido de uma companhamento do desenvolvimento do estudante, como no sentido de uma apreciação final sobre o que o estudante pôde obter em um determinado período, sempre com vistas a planejar ações futuras. FERNANDES, FREITAS, 2008, p. 20).


Baseada na proposta avaliativa do nosso município, na escola na qual atuo, concebemos a avaliação dentro dos parâmetros estabelecidos pela municipalidade que é uma concepção que traduz de certa forma o que o texto nos propõe e nos faz refletir.
Então, para nós a avaliação é um processo constante de reflexão e assimilação do conhecimento adquirido através do ensino-aprendizagem num contexto global e internalizado, que objetiva a melhoria da ação educativa.
Esta é uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho e que envolve não somente o professor, mas também alunos, pais e comunidade escolar. Pois, esta subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecimentos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou em grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento de tomada de consciência da suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio.
A avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem alcançada pelos alunos ao final de um período de trabalho, seja este determinado pelo fim de um bimestre, ou de um ano, seja pelo encerramento de um projeto ou seqüência didática.
Tão importante quanto "o que" e "como" avaliar são as decisões pedagógicas decorrentes dos resultados da avaliação; eles orientam a reorganização da prática educativa do professor no seu dia-a-dia e ações educativas.

sexta-feira, 18 de junho de 2010